INFORMATIVO

Um pequeno resumo da história do cartão telefônico 

Inventado pelo Eng. Nelson Guilherme Bardini, o cartão telefônico brasileiro foi criado em 1978, em sua casa, durante suas horas de folga. Em 1982 o Eng. Nelson Guilherme Bardini desenvolveu o primeiro aparelho telefônico com cobrança dos serviços através da "Ficha Eletrônica".    

Os primeiros Cartões Indutivos continham até 10 células, créditos ou fichas eletrônicas e que permitiam igual quantidade de chamadas locais. Com esse primeiro aparelho o Eng. Nelson Guilherme Bardini inscreveu-se no concurso patrocinado pela Telebrás na categoria pesquisador, tendo obtido o primeiro lugar e sendo agraciado com o PRÊMIO LANDELL DE MOURA.Após essa fase o Eng. Bardini buscou parcerias para desenvolver seu invento, tendo em vista que a Diretoria do CPqD da Telebrás achava que o tipo desse invento não se enquadrava no perfil dos desenvolvimentos em andamento do CPqD. Em meados de 1984 Bardini estabeleceu uma parceria com a empresa "S" Eletro Acústica, onde trabalhava seu amigo Eng. Lauro Girardelli, tendo resultado dessa parceria o desenvolvimento de dois aparelhos telefônicos a cartão indutivo, um vermelho como os orelhões para chamadas locais e um outro azul, como os usados para chamadas DDD.    

 Em abril de 1985 o Eng. Nelson Bardini, foi procurado por Mário Gualberto Pinto Ferraz, proprietário da empresa SIGNAL IND. COM. LTDA., fundada em 1976, que possuía uma fábrica em Manaus de aparelhos de Diversões Eletrônicas, operadas com fichas metálicas, semelhantes as usadas em telefones públicos e que desejava substitui-las por um cartão.    

 O resultado dessa parceria foi o desenvolvimento de uma leitora para os aparelhos de Fliperamas e o início da fabricação em série de cartões indutivos com 1 crédito para o funcionamento da primeira loja de Fliperama localizada em um Shopping Center, em Santo Amaro, a FlipperShop inaugurada em março de 1987, sendo esta a primeira aplicação comercial dos cartões indutivos, inventados pelo Eng. Nelson Bardini.  O projeto TP-Cartão pela Telebrás iniciou suas atividades em 1987 quanto às especificações técnicas e terminando o teste de protótipo no primeiro trimestre de 1989. No Grande Prêmio de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, São Paulo, realizado em 1992, foi apresentado o primeiro telefone público a cartão brasileiro.    O Telefone Público a Cartão foi oficialmente implantado no Brasil durante o Eco 92 - conferência mundial da ONU sobre meio ambiente - realizada no Rio de Janeiro em Junho de 92, foram feitos para o evento os cartões da série Ecologia que se tornaram raridade. Durante este evento, foi lançada a primeira série, composta de 7 modelos de cartões: Vitória-Régia, Tiê-Sangue, Jacaré, Arara-azul, Mico Leão Dourado, Pantanal e Tamanduá bandeira. Em São Paulo, o primeiro Telefone Público a Cartão foi instalado em outubro de 93 no MASP (Museu de Arte de São Paulo) e foi lançado um cartão comemorativo com a fachada do museu.  

 

Cuidados com os cartões

    A seleção dos cartões que vão fazer parte da coleção deve ser rigorosa. Só entram os perfeitos. Um critério deve ser estabelecido, aceitando-se uma certa tolerância para os cartões mais raros que, mesmo danificados, podem permanecer até se conseguir um realmente em ordem.

    Independente do tipo de coleção que se adotar, os cuidados com os cartões são os mesmos. Desde a maneira de se manusear os cartões até o seu armazenamento, o colecionador deve prestar atenção aos mínimos detalhes.

    O manuseio das peças que vão fazer parte de uma coleção deve ser delicado, evitando o que se vê freqüentemente: a pessoa esfregar um cartão no outro, ao contar quantos comprou naquela remessa. Principalmente os cartões brasileiros, que se deixam riscar pelo mais leve atrito. A marca das impressões digitais deve sei evitada.

    Muitos cartões usados merecem ser lavados. Água e sabão (neutro), melhoram muito o visual de cartões que já passaram por maus momentos, isto, foram jogados no chão, no lixo, ou se impregnaram de alguma impureza. Nem todos os cartões toleram o uso de  álcool para tirar restos de uma fita adesiva, por exemplo. Aliás, nunca se deve usar fita adesiva diretamente sobre o cartão....

Material

    De alguma forma os cartões devem ser guardados. Inicialmente, em uma caixa, até que sejam separados segundo os critérios do colecionador e o tipo de coleção a que ele vai se dedicar.

    Envelopes individuais são absolutamente necessários para os cartões que vão estar presentes em uma coleção que ser  exposta. Também os cartões em duplicata merecem um envelope plástico individual, para evitar que se raspem uns nos outros.

    Para os colecionadores que não se preocupam ou não querem participar de exposições, um  álbum de folhas plásticas com 6 ou 8 ou 10 bolsas ‚ muito prático para guardar os seus cartões. Deve-se tomar muito cuidado com a qualidade do plástico usado, pois alguns de baixa qualidade costumam grudar nos cartões, as vezes danificando a impressão. Este inconveniente ‚ detectado após dois ou mais anos de armazenamento.

    As folhas de plásticos com bolsas individuais devem ser guardadas em fichários/álbuns de dois, três ou quatro furos, para se manterem em ordem e poderem ser confortavelmente transportadas ou mostradas aos amigos.

    Para qualquer tipo de coleção, o interessado deve levar em conta o aspecto cultural do colecionamento. Aprender sempre, cultivar o bom gosto e o capricho na apresentação da coleção. Desenvolver o sentimento de solidariedade para com os outros colecionadores e enfrentar desafios, para atingir as metas estabelecidas. Da¡ sim o colecionador ter  condições e conhecimentos para analisar as coleções alheias e "curtir" a sua própria coleção.

 Tipos de coleções!

    Para quem só conhece os cartões telefônicos do Brasil, o modo inicial ‚ evidentemente ajuntar todos os que conseguirem. Depois,  medida que se vai conhecendo melhor, aparecem as possibilidades de se fazer vários tipos de coleção:

Cronológica -  a coleção onde entram todos os cartões em ordem de data da emissão. É realmente a coleção do iniciante, mas que pode provocar o gosto e estimular o entusiasmo pelo colecionísmo.

Por séries - onde entram quaisquer tipos de séries. Série ‚ o conjunto de dois ou mais cartões referentes ao mesmo assunto, emitidos pela mesma empresa, seguindo o mesmo padrão.

Por assunto - separando-se os cartões pelo assunto a que se referem as suas figuras, venham eles em séries ou isoladamente

Histórica -  a coleção que reúne os cartões comemorativos, de preferência acrescentando dados históricos adicionais. Podem ser classificados pelos tipos de eventos a que se referem e também pelas regiões onde ocorreram os fatos

De Publicidade ou M¡dia - adquirindo-se os cartões de propaganda, que podem ser separados em comércio, indústria, serviços, etc.

Para quem tem facilidade de conseguir cartões de vários países, existem também várias maneiras de se fazer uma coleção:

Por país - um cartão ou uma série de cartões dos diferentes sistemas usados em cada pa¡s. É fascinante tentar conseguir cartões de diferentes países, não só pelo desafio, como pelas possibilidades de novos conhecimentos sobre geografia. Vale lembrar também a satisfação do intercâmbio postal que ‚ um dos recursos usados para contatos com colecionadores de qualquer pa¡s do mundo.

Temática - esta coleção ‚ montada após um minucioso procurar pelos catálogos e publicações pertinentes. Os cartões com as figuras úteis ao colecionador, podem ser de quaisquer países, emitidos em qualquer data. Esta é a mais intelectual das coleções. Exige sólidos conhecimentos do tema escolhido, o que também estimula a busca por novos conhecimentos.