O valor dos selos

 

 

                                                                                         Giorgio Radini

                                                                  Ana Lúcia Loureiro Sampaio

                                                             http://www.portaldoselo.com.br

 

 

Esta conversa é muito importante para que os colecionadores não se dispersem e não joguem dinheiro fora. Quando os selos estão todos desarrumados no classificador, em envelopes ou caixas; valem o que valem os selos de pacote; isto é bem pouco; mesmo que tenha coisas muito boas nesses amontoados, que não podemos chamar de coleção. Um selo bom, no meio da maçaroca, acaba valendo a mesma coisa que o mais barato dos selos. Pois só podem ser considerados e avaliados como pacotaria. Ninguém ira passar dias e dias usando um catálogo para avaliar um a um.

 

Quando os selos estão bem arrumados, todos perfeitos e em ordem de catálogo, um de cada tipo, é uma coleção e aí cada selo tem seu preço e é fácil de se fazer uma avaliação. A maior parte dos selos tem pouco valor; não importa que sejam antigos e até anteriores a 1900. Na coleção de um país comum, ainda existente, tipo: Brasil, Portugal, Itália e tantos outros, 70% dos selos podem ser considerados baratos, 25% com um valor mais alto entre R$ 10,00 e R$ 100,00 e 5% caros variando de R$100 ao infinito isto é aos raríssimos com vários algarismos estes são apenas 0,01% da coleção.

 

Os selos além de ter cada um o seu valor de catálogo, tem também um valor determinado pela procura. Os selos de países muito procurados obviamente vão valer mais do que os de países dos quais haja poucos colecionadores; a não ser que se trate de selo temático; aí o valor é o mesmo para qualquer país. Existem selos caríssimos como, por exemplo, da Holanda, Suécia, Noruega, Inglaterra e mais alguns, que são considerados excelentes países para se colecionar, devido a moeda forte, mas que aqui no Brasil acabamos vendendo muito barato devido a pouca procura. Os mais procurados pelos colecionadores brasileiros, além do Brasil, é evidente, são os países dos quais recebemos muitos imigrantes e que até hoje formam grandes colônias aqui no Brasil: Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia, Japão e Israel devido a grande quantidade de judeus aqui existentes. Os selos do Vaticano também são muito procurados pela predominância da religião Católica em nosso país.

 

Mas o essencial para que os selos tenham o valor que merecem é a arrumação, a limpeza e principalmente a ordem de emissão. Ter um catálogo não é assim tão difícil; o do Brasil custa barato; os estrangeiros são mais difíceis, mas pode-se comparar volumes antigos, conseguir xerox de alguns países com os amigos; ou fazer um esforço e ir comprando os volumes novos um a um no site do catálogo universal Yert e Tellier; cujo endereço é http://www.yvert.com/. Para quem coleciona Alemanha é muito simples também; em um único volume do catálogo Michel há a Alemanha completa com todas as fases, colônias e ocupações. Não custa muito caro; o site é http://www.michel.de/.

 

Lembrem-se de que catálogos não pagam imposto na alfândega; vão chegar normalmente às suas casas, sem qualquer aborrecimento. As empresas mencionadas são sérias e não há problema em passar a elas os cartões de crédito. Ser filatelista é arrumar bem os selos. É um trabalho gostoso e faz bem e faz bem à saúde; não há melhor calmante, após um agitado dia de trabalho.